terça-feira, 24 de novembro de 2009

PRÓSTATA

Preconceito do toque
Falta informação: homens desconhecem sintomas do CA de próstata, têm preconceito e medo do exame de toque Estudo mostra que desconhecimento e preconceito impedem os homens de ir ao médicoA maioria dos homens não faz exame de toque por preconceito. Foi o que responderam 77%, dos 1.061 homens com idades entre 40 e 70 anos, de 10 capitais brasileiras. 54% responderam que os homens se esquivam do exame por puro medo. Esses são alguns dados da pesquisa do Datafolha "Saúde masculina: o homem e o câncer de próstata". Encomendado pela Sociedade Brasileira de Urologia, com apoio da AstraZeneca, a enquete se deu entre 2 a 7 de outubro de 2009.Quando questionados sobre a não realização de exames, apenas 8% admitem preconceito em relação ao toque, enquanto 13% afirmam descuido, preguiça, relaxo e falta de tempo, e 15% alegam falta de sintomas. "Nossa sociedade é machista. Precisamos alertar que o CA de próstata tem cura quando descoberto em estágio inicial (sem sintomas). Esperar o aparecimento de sintomas para procurar o médico é um erro que pode custar a vida", diz o coordenador de campanhas públicas da SBU, Aguinaldo Nardi.Dos homens que integram as classes D/E, 38% desconhecem os exames que detectam o câncer de próstata; 93% das pessoas da classe A/B conhecem algum exame de diagnóstico do tumor de próstata. Em todas as capitais o nível de conhecimento dos exames preventivos ficou em torno de 80%. Ao serem questionados sobre os tratamentos para a doença, constatou-se que 77% dos homens das classes D/E o desconhecem. Já nas classes A/B o desconhecimento é de 45%.PercepçõesA maioria dos homens brasileiros (76%) afirma ter conhecimento sobre o exame de toque retal para detectar o câncer da próstata, mas apenas 32% já o fizeram. O exame sanguíneo da dosagem de PSA foi realizado por 47% dos homens, mesmo sendo o conhecimento por tal exame de 54% dos homens brasileiros. O objetivo da pesquisa foi investigar o nível de conhecimento masculino e percepções sobre o câncer de próstata. A margem de erro máxima é de três pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.Exames complementaresO levantamento apontou que 56% dos homens já fizeram algum dos exames preventivos do tumor da próstata. "Esse levantamento nos mostra que os homens preferem fazer o exame de sangue ao de toque. Mas é preciso ressaltar que os dois são complementares no diagnóstico do CA de próstata e um não substitui o outro. Em até 20% dos casos, o exame de sangue pode ser normal em uma pessoa com câncer", alerta o presidente da SBU, José Carlos de Almeida.Segundo a pesquisa, 99% dos homens já ouviram falar sobre o CA de próstata, porém 39% desconhecem os sintomas da doença (apresentados apenas em estágio avançado). Entre os sintomas apontados, maior parcela (49%) citou problemas na bexiga (dificuldade e dor para urinar e urgência para ir ao banheiro). Mas cerca de 10% citaram sintomas que não estão relacionados ao CA de próstata (dor abdominal, na virilha e nas costas, náuseas, vômito, além de dor no reto, dificuldade e sangramento).Desconhecimento"Enumerar sintomas que não estão relacionados à doença mostra que os homens acreditam saber sobre o CA de próstata, mas na realidade não sabem. Há muitos que confundem as funções de um proctologista com a de um urologista e procuram o primeiro de maneira equivocada para diagnosticar a doença", explica Almeida. Quanto mais escolarizado e de classe mais alta, maior é o cuidado com a saúde: 79% dos homens com nível universitário já foram ao urologista; 46% dos que têm ensino fundamental foram ao especialista.Toque76% dos homens brasileiros afirmam ter conhecimento sobre o exame de toque retal para detectar o câncer da próstata, mas apenas 32% já o fizeram, segundo dados da SBU.

DN

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