Mas o surgimento dessas festas foi no período
pré-gregoriano, como uma festa pagã em comemoração à grande fertilidade da
terra, às boas colheitas, na época em que denominaram de solstício de verão.
Essas comemorações também aconteciam no dia 24 de junho, para nós, dia de São
João.
Essas festas eram conhecidas como Joaninas e receberam esse
nome para homenagear João Batista, primo de Jesus, que, segundo as escrituras
bíblicas, gostava de batizar as pessoas, purificando-as para a vinda de Jesus.
Assim, passou a ser uma comemoração da igreja católica, onde
homenageiam três santos: no dia 13 a festa é para Santo Antônio; no dia 24,
para São João; e no dia 29, para São Pedro.
Os negros e os índios que viviam no Brasil não tiveram
dificuldade em se adaptar às festas juninas, pois são muito parecidas com as de
suas culturas.
Aos poucos, as festas juninas foram sendo difundidas em todo
o território do Brasil, mas foi no nordeste que se enraizou, tornando-se forte
na nossa cultura. Nessa região, as comemorações são bem acirradas – duram um
mês, e são realizados vários concursos para eleger os melhores grupos que
dançam a quadrilha. Além disso, proporcionam uma grande movimentação de
turistas em seus Estados, aumentando as rendas da região.
Com o passar dos anos, as festas juninas ganharam outros
símbolos característicos. Como é realizada num mês mais frio, enormes fogueiras
passaram a ser acesas para que as pessoas se aquecessem em seu redor. Várias
brincadeiras entraram para a festa, como o pau de sebo, o correio elegante, os
fogos de artifício, o casamento na roça, entre outros, com o intuito de animar
ainda mais a festividade.
As comidas típicas dessa festa tornaram-se presentes em
razão das boas colheitas na safra de milho. Com esse cereal são desenvolvidas
várias receitas, como bolos, caldos, pamonhas, bolinhos fritos, curau, pipoca,
milho cozido, canjica, dentre outros.
Por Jussara de Barros
Nenhum comentário:
Postar um comentário