A solenidade religiosa teve
inicio com a unção dos olhos na Igreja de Santo Antônio, às 07:30 minutos, pelo
Bispo Diocesano Som José Haring. Logo em seguida, centenas de fiéis seguiram em
procissão até chegar à Igreja Catedral, onde foi celebrada a Santa da Santa
Missa, também presidida pelo Bispo Diocesano. Durante o sermão, o religioso
lembrou que o Domingo de Ramos nos remete ao inicio do sofrimento de Jesus
Cristo até chegar até ser crucificado noa cruz, e que é a partir do Domingo de
Ramos que se inicia a Semana Santa.
Ainda fazendo parte da
programação de Domingo de ramos na Paróquia da Imaculada Conceição de Limoeiro
do Norte foram realizadas celebradas missas, no Santuário de Fátima, nas
Populares, com o Padre André, no bairro Bom Nome, com o Padr Júnior, na
Sucupira, com o padre Zionete, Bom Fim com o Padre André, São Raimundo pelo
Padre André e comunidade de Socorro pelo Padre José Zionete.
Os ramos lembram nosso batismo
Esses ramos
significam a vitória: “Hosana ao Filho de Davi: bendito seja o que vem em nome
do Senhor, o Rei de Israel; hosana nas alturas”. Os ramos santos nos fazem
lembrar que somos batizados, filhos de Deus, membros de Cristo, participantes
da Igreja, defensores da
fé católica, especialmente nestes tempos difíceis em que esta é desvalorizada e
espezinhada. Os ramos sagrados que levamos para nossas casas, após a Missa,
lembram-nos de que estamos unidos a Cristo na mesma luta pela salvação do
mundo, a luta árdua contra o pecado, um caminho em direção ao Calvário, mas que
chegará à Ressurreição.
O sentido da Procissão de Ramos
O sentido da
Procissão de Ramos é mostrar essa peregrinação sobre a terra que cada cristão
realiza a caminho da vida eterna com Deus. Ela nos recorda que somos apenas
peregrinos neste mundo tão passageiro, tão transitório, que se gasta tão rapidamente
e nos mostra que a nossa pátria não é neste mundo, mas sim na eternidade, que
aqui nós vivemos apenas em um rápido exílio em demanda da casa do Pai. A Missa do Domingo de
Ramos traz a narrativa de São Lucas sobre a Paixão de Nosso Senhor Jesus, Sua
angústia mortal no Horto das Oliveiras, o Sangue vertido com o suor, o beijo
traiçoeiro de Judas, a prisão, os maus-tratos causados pelas mãos dos soldados
na casa de Anás, Caifás; Seu julgamento iníquo diante de Pilatos, depois,
diante de Herodes, Sua condenação, o povo a vociferar “crucifica-o,
crucifica-o”; as bofetadas, as humilhações, o caminho percorrido até o
Calvário, a ajuda do Cirineu, o consolo das santas mulheres, o terrível madeiro
da cruz, Seu diálogo com o bom ladrão, Sua morte e sepultura.
Entrada “solene” de Jesus em
Jerusalém
A entrada “solene”
de Jesus em Jerusalém foi um prelúdio de Suas dores e humilhações. Aquela mesma
multidão que O homenageou, motivada por Seus milagres, agora vira as costas a
Ele e muitos pedem a Sua morte. Jesus, que conhecia o coração dos homens, não
estava iludido. Quanta falsidade há nas atitudes de certas pessoas! Quantas
lições nos deixam esse Domingo de Ramos! O Mestre nos ensina, com fatos e
exemplos, que o Reino d’Ele, de fato, não é deste mundo. Que Ele não veio para
derrubar César e Pilatos, mas para derrubar um inimigo muito pior e invisível:
o pecado.
E para isso é
preciso imolar-se, aceitar a Paixão, passar pela morte para destruir
a morte; perder a vida para ganhá-la. A muitos o Senhor Jesus decepcionou;
pensavam que Ele fosse escorraçar Pilatos e reimplantar o reinado de Davi e
Salomão em Israel; mas Ele vem montado em um jumentinho frágil e pobre.
Muitos pensam: “Que
Messias é esse? Que libertador é esse? É um farsante! É um enganador que merece
a cruz por nos ter iludido”. Talvez Judas tenha sido o grande decepcionado. O
Domingo de Ramos ensina-nos que a luta de Cristo e da Igreja e,
consequentemente, a nossa também, é a luta contra o pecado, a desobediência à
Lei Sagrada de Deus, que hoje é calcada aos pés até mesmo por muitos cristãos
que preferem viver um Cristianismo “light”, adaptado aos seus gostos e
interesses, e segundo as suas conveniências.
Impera, como disse
Bento XVI, “a ditadura do relativismo”. O Domingo de
Ramos nos ensina que seguir o Cristo é renunciarmos a nós mesmos, morrermos na
terra como o grão de trigo para poder dar fruto, enfrentar os dissabores e
ofensas por causa do Evangelho do Senhor. Ele nos arranca das comodidades e das
facilidades, para nos colocar diante d’Aquele que veio ao mundo para salvá-lo.
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