sexta-feira, 26 de março de 2021

 No Ceará, 28 radialistas já morreram em decorrência de Covid-19

Sindicato solicitou que categoria seja incluída no grupo prioritário para vacinação. No Estado, a comunicação é considerada serviço essencial. A Secretaria da Saúde ainda não se pronunciou sobre o pedido.



No Ceará, 28 radialistas já morreram em decorrência da Covid-19 desde o início da pandemia, há pouco mais de um ano, segundo o Sindicato de Radialistas e Publicitários do Ceará (Sindradioce). A entidade solicitou ao Governo do Estado, em pedido protocolado na última segunda-feira, 22, que profissionais de comunicação sejam classificados como grupo prioritário na campanha de vacinação contra a Covid-19.


Sempre no fronte da batalha a favor de boa informação, nossa categoria enfrenta condições de trabalho difíceis, ditadas pelo risco de contágio e pelo isolamento social e, ainda, suspensões de contrato e cortes salariais, o que é lamentável neste momento de dor e lágrimas", frisou órgão em pedido. Sindicato divulgou lista com os nomes dos 28 profissionais vitimados pela doença. Desses, 10 atuavam em veículos localizados em Fortaleza.


Tony Pereira, presidente do sindicato, destaca que a imprensa tem sido considerada como serviço essencial pelos decretos estaduais que foram estipulados até o momento. Dessa forma, jornalistas, radialistas e todos os trabalhadores da área de comunicação seguem atuando em boa parte de maneira presencial.

"Somos essenciais de acordo com a lei, a comunicação é serviço essencial. A boa informação nesse período você vai conseguir indo ao local do acontecimento. Há a necessidade do deslocamento, a ida para a emissora", informou o presidente, destacando ainda que as unidades de saúde são de alto risco em relação a disseminação do vírus, o que coloca o profissional em perigo. 


O POVO procurou a assessoria do Governo do Estado e a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) para saber quanto a possibilidade de comunicadores serem classificados como grupo prioritário. Até o fechamento desta matéria, contudo, nenhum dos órgãos havia retornado.


Radialistas cearenses vitimados pela doença:


01 - Aderbal Soares (Fortaleza)


02 - Alexandre Rangel (Fortaleza)


03 - Raimundo Alfredo (Sobral)


04 - Carlos Alberto Moreira (Canindé)


05 - Carlos Bezerra (Crato)


06 - Carlos Dutra (Fortaleza)


07 - Chico dos Santos (Sobral)


08 - Cristiano Alcântara (Maracanaú)


08 - Evilásio Pires (Fortaleza)


10 - Flávio Moreira (Fortaleza)


11 - Francisco Inácio de Brito (Mucambo)


12 - Inácio de Brito (Sobral)


13 - Iraguassu Teixeira (Fortaleza)


14 - Irineu de Freitas (Canindé)


15 - Jéssica Moreno (Iguatu)


16 - Jonas Melo (Fortaleza)


17 - Marcos Dublê (Fortaleza)


18 - Moacir Luiz Dreyer (Fortaleza)


19 - Nacélio Cavalcante (Icó)


20 - Normando Sóracles (Juazeiro)


21 - Olivan Santos (Camocim)


22 - Osias Maciel (São Luís do Curu)


23 - Osvaldo Avelino (Sobral)


24 - Pedro Hallan (Fortaleza)


25 - Pedro Rocha Neto, Fichinha (Itapipoca)


26 - Rai Soares (Cascavel)


27 - Renato Freire Caitano (Canindé)


27 - Ricardo Cavalcante (Aquiraz)


28 - Sandro Guimarães (Aracati)


Campanha de vacinação

O Governo Federal estipulou, no inicio deste ano, o Plano Nacional de Imunização (PNI), responsável pela distribuição de lotes de vacinas contra a Covid-19 para os estados brasileiros. Para determinar a ordem de contemplados, a campanha de imunização foi dividida em quatro fases iniciais, todas incluindo apenas grupos prioritários.


No Ceará, até esta sexta-feira, 26, municípios como Fortaleza já haviam dado inicio a vacinação de pessoas com 70 anos de idade e se preparam agora para começar com a imunização daquelas com idade acima de 60, avançando para segunda etapa da campanha de imunização. 

OPOVO


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