Bolsonaro chama cearenses de “cabeçudos” e promete visita ao Estado
Por meio de transmissão ao vivo por celular, o presidente participou de evento de adesão ao novo partido Aliança pelo Brasil
Ainda sem visitar o Ceará desde que foi eleito, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que deve vir ao Estado em breve. Em transmissão ao vivo por celular, exibida nos telões do auditório de um hotel da Capital, ele ouvia perguntas de participantes do 1º Encontro Cearense de Apoiadores do Aliança Pelo Brasil, e foi questionado sobre quando viria ao Ceará. “Eu tenho um compromisso com a minha filha, porque ela tem sangue de cabra da peste de Crateús. Ela agora fez 9 anos, já entende bastante as coisas. Indo ao Ceará, pretendo levá-la e conhecer Crateús. Eu fui capturado pelos cabras da peste, através da minha esposa”, disse Bolsonaro sobre a primeira-dama Michelle, filha de um cearense.
Em seguida, o presidente reforçou a promessa, recorrendo a uma piada com os cearenses. “Eu pretendo sim. Até porque o Ceará foi o primeiro Estado que tivemos uma grande recepção em aeroporto. Tudo começou por aí, se não me engano, um dos grandes articuladores disso acho que foi Alex Ceará, um cara cabeçudo. Se bem que chamar cearense de cabeçudo você não consegue identificar ninguém, lá todo mundo é cabeçudo", disse, antes de dar uma gargalhada e finalizar com o bordão “tá ok?”. Entretanto, Bolsonaro não deu previsão de quando será a visita. Se limitou a dizer que vai “aguardar uma primeira oportunidade e dar uma chegadinha no Ceará”.
Antes, o presidente já havia falado da relação com o governador Camilo Santana, especialmente sobre a aproximação no início do ano passado, quando o Estado sofria ataques de facções criminosas. “Tivemos uma crise no Ceará. Nós sabemos que somos de partidos opositores, opostos, mas eu conversei outras vezes com o governador do Ceará, uma conversa muito tranquila, muito amigável. Foi mandada, no momento de crise aí, a Força Nacional de Segurança, e as conversas que eu tive com o governador foram muito boas”, afirmou.
Aliança pelo Brasil
Anunciado em novembro após rompimento de Jair Bolsonaro com o presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, o Aliança pelo Brasil tenta se oficializar como partido a tempo de disputar as eleições deste ano. Para isso, precisa, até o dia 4 de abril, ter 492 mil assinaturas validadas pela Justiça Eleitoral. No evento deste sábado (4), em Fortaleza, foram registradas em cartório 1.572 assinaturas.
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