segunda-feira, 30 de junho de 2014

Show com Bell Marques marcou os 20 anos de sucesso do Bloco Corujão

O evento aconteceu na noite do sábado 28, nas dependências do Bezerra Show de Limoeiro do Norte. A abertura da festa de 20 anos do Bloco limoeirense ficou por conta da banda Cheiro de Amor. Na sequência foi a vez do ex-vocalista da banda Chiclete Com Banana fazer a festa para a galera que curte o artista e o Bloco o Corujão. A comemoração teve ainda a participação da banda de forró Os Filhos de José, que também tem se destacado como uma grande revelação do seguimento forrozeiro da região.
Ainda no camarim, Bell Marques recebeu vários fãs que queriam tirar uma foto com o artista para guardar como recordação. Além de pousar para fotos com os fãs, Bell Marque ainda autografou blusas e  a bandeira do Brasil. Bell Marques demonstrou-se bastante emocionado quando um apresentou uma coleção contendo todos os álbuns da carreira do artista



sábado, 28 de junho de 2014

Limoeirenses vão às ruas para comemorar a vitória da seleção brasileira

Uma grande carreata movimentou as ruas da cidade de Limoeiro do Norte, na tarde do sábado 28 de junho. A movimentação foi formada por torcedores que foram às ruas para comemorar o resultado do jogo entre Brasil e Chile valendo pelas quartas de finais da Copa do Mundo de 2014.

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quinta-feira, 26 de junho de 2014

Cearense lucra com aumento na venda de dindins alcoólicos durante a Copa

São 11 sabores que podem conter cachaça, vodca, rum, vinho ou saquê; alguns levam as cores verde e amarelo
A promessa de impulso na economia com a Copa do Mundo no Brasil já é realidade para a microempresária Carol Faruk. Ela apostou na simples e descolada ideia de vender dindins alcoólicos no começo do ano e criou o Dindin com Brilho. O aumento das vendas foi perceptível com o período de jogos em Fortaleza, de acordo com Carol.
As partidas da Seleção Brasileira gerou a oportunidade para a venda delivery. Nesses dias, são entre sete e 10 pedidos para grupos de torcedores. “A Copa está sendo a porta de entrada. Antes tinha os amigos, o final de semana, mas com a festa dos jogos do Brasil as pessoas ficam mais predispostas”, reconhece.
As cores fortes dos dindins chamam a atenção. Entre elas, o verde e amarelo do time brasileiro. São 11 sabores que podem conter cachaça, vodca, rum, vinho ou saquê. Os nomes são tão originais quanto as misturas, como o “Sereia afogada”, composto por caipirinha com menta, ou o “Mata o véi”, com amarula, Paçoquita e catuaba.
O preço da unidade é R$ 2,50, mas pode ser barateado se for fechado um pacote.
Fonte:TribunadoCeará

quarta-feira, 25 de junho de 2014

A origem das Festas Juninas

Na época da colonização do Brasil, após o ano de 1500, os portugueses introduziram em nosso país muitas características da cultura europeia, como as festas juninas.

Mas o surgimento dessas festas foi no período pré-gregoriano, como uma festa pagã em comemoração à grande fertilidade da terra, às boas colheitas, na época em que denominaram de solstício de verão. Essas comemorações também aconteciam no dia 24 de junho, para nós, dia de São João.
Essas festas eram conhecidas como Joaninas e receberam esse nome para homenagear João Batista, primo de Jesus, que, segundo as escrituras bíblicas, gostava de batizar as pessoas, purificando-as para a vinda de Jesus.
Assim, passou a ser uma comemoração da igreja católica, onde homenageiam três santos: no dia 13 a festa é para Santo Antônio; no dia 24, para São João; e no dia 29, para São Pedro.
Os negros e os índios que viviam no Brasil não tiveram dificuldade em se adaptar às festas juninas, pois são muito parecidas com as de suas culturas.
Aos poucos, as festas juninas foram sendo difundidas em todo o território do Brasil, mas foi no nordeste que se enraizou, tornando-se forte na nossa cultura. Nessa região, as comemorações são bem acirradas – duram um mês, e são realizados vários concursos para eleger os melhores grupos que dançam a quadrilha. Além disso, proporcionam uma grande movimentação de turistas em seus Estados, aumentando as rendas da região.
Com o passar dos anos, as festas juninas ganharam outros símbolos característicos. Como é realizada num mês mais frio, enormes fogueiras passaram a ser acesas para que as pessoas se aquecessem em seu redor. Várias brincadeiras entraram para a festa, como o pau de sebo, o correio elegante, os fogos de artifício, o casamento na roça, entre outros, com o intuito de animar ainda mais a festividade.
As comidas típicas dessa festa tornaram-se presentes em razão das boas colheitas na safra de milho. Com esse cereal são desenvolvidas várias receitas, como bolos, caldos, pamonhas, bolinhos fritos, curau, pipoca, milho cozido, canjica, dentre outros.


Por Jussara de Barros

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Cearense de Alto Santo é convidado pela FIFA para entregar prêmio ao craque do jogo Alemanha x Gana, no Castelão

O alto-santense Bráulio Bessa, criador da página “Nação Nordestina  considerado o maior defensor da cultura nordestina na internet brasileira, acaba de ser convidado pela FIFA e Budweiser - Patrocinadora oficial da Copa do Mundo - assistir o jogo Alemanha x Gana, que acontece dia 21/06 na Arena Castelão em Fortaleza, como convidado de honra da FIFA, Bráulio fará a entrega do troféu de melhor jogador da partida no final do jogo. 

A premiação do “Man of The Match” começa sempre aos 15 minutos do segundo tempo de cada jogo e termina 4 minutos antes de acabar. A opinião do torcedor é registrada através dos sites oficiais da FIFA e Budweiser, na Fan Page da cervejaria e também pelo Twitter ao utilizar a hashtag #ManOfTheMatch e mencionando o perfil @FIFAcom.


Com informações: Alto Santo é Notícia

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Quixeré sediou o IV Circuito de Quadrilhas Juninas SESC Ativo.

Seis quadrilhas participaram do festival de quadrilhas promovido pelo SESC, que aconteceu na cidade de Quixeré, na noite do domingo 15 de junho, na quadra do Colégio Raimundo Nonato de Sena. Na oportunidade, a quadrilha Benjamin Constant, da cidade de Russas sagrou-se campeã, seguida dos grupos Brilha São João da cidade de São do Jaguaribe e Girassol do Sertão, do Distrito de Flores, com o 2º e 3º lugar respectivamente. A quadrilha Benjamin Constant ainda foi contemplada com troféu, nas modalidades Casamento Matuto, Noivo e Noiva, enquanto que o grupo Girassol do Sertão, de Flores ganhou o reconhecimento nos quesitos Marcador e Rainha.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Bolo de Santo Antônio é arrematado por R$ 10.000,00 em leilão

As vésperas do encerramento das festividades em homenagem ao padroeiro de Quixeramobim, Santo Antônio, um devoto arrematou um bolo no tradicional leilão realizado no barracão ao lado da Igreja Matriz, pela importância de R$ 10 mil. Era o empresário Edmilson Júnior, ex-prefeito deste município do Sertão Central e devoto do padroeiro. Mantendo a tradição, o bolo de Santo Antônio foi feito por devotos e doado a paróquia.
Uma galinha também foi arrematada pela importância de R$ 1.000,00. O leilão é realizado para arrecadar doações para a paróquia do padroeiro. Mantendo a tradição, o bolo de Santo Antônio é feito por devotos e doados a paróquia. A festa do leilão, realizado na noite desta quarta-feira, 11, foi animada pelo cantor John Robson e sua banda.
Foto > O Sertão é Notícia

A triste história de Dheymerson, o menino do Pintinho Piu.

Pra você, um vídeo viral pode significar 30 segundos de risada, um compartilhamento e talvez uma repercussão nas redes sociais. E só. Mas e protagonista do viral, o que aquilo representa? A triste história de Dheymerson, o menino do pintinho piu, diz bem o que um momento repentino de fama na internet pode acarretar.

Em 2011, Dheymerson postou o vídeo dele dublando a música do Pintinho Piu. Foi um viral instantâneo, muita gente compartilhou, ele foi presença carimbada em programas de TV e tudo mais — e também foi ao youPIX Festival 2012.

No final do ano passado, conversamos com Elias, pai do garoto e publicamos uma matéria em janeiro deste ano. Ele tentava guinar a carreira de Dheymerson, lançando um CD com músicas infantis. Na época, ele já falava sobre o esforço feito para fazer com que o sucesso do viral se transformasse em uma renda pra família. “Morávamos em Russas, interior do Ceará e hoje em dia estamos em Fortaleza, capital. Abrimos mão de nossos empregos para investir na carreira de Dheymerson. Também vendemos nossa casa e nosso carro pra poder ajudar”, disse.

Infelizmente, todo o investimento não teve retorno. Segundo uma reportagem da TV Record, a família dele passa por apuros, sendo o que já aconteceu de não terem comida em casa. O investimento total para que o garoto se tornasse um sucesso foi de R$ 40 mil. A família foi à falência, hoje eles vivem numa casa de 20m² (em que Dheymerson dorme em uma rede na cozinha) e procuram começar de novo.


A situação já foi pior para Elias e sua família, mas o caso é a lição de que um viral pode ser muito mais do que um simples vídeo que bomba na internet. Agora é torcer para que o menino consiga o sucesso que tanto quer — mas que, antes de tudo, fique em uma condição financeira digna.


Fonte: Youpix Virgula

terça-feira, 10 de junho de 2014

Comunidade de Espinho comemorará 90 anos de fundação

A AJOME (Associação de Jovens e Moradores de Espinho ), comunidade localizada na zona rural de Limoeiro do Norte está se articulando para a realização da festa dos 90 anos de fundação da comunidade. O evento terá inicio na noite do sábado 14,  e se estenderá até 16 de junho com uma vasta programação social, cultural e religiosa.
Programação:

14/06/2014
-18:00 horas – Terço dos Homens
19:00 horas – Apresentação da Associação Unidos Para o Progresso
                        -Apresentação do Bumba Meu Boi
                        -Feira da Economia Solidária
15/06/2014
18:00 horas – Terço ou Celebração da Palavra
19:00 horas – Desfile da Mini Miss Espinho 2014
                      -Feira da Economia Solidária
                       -Apresentação de Valores da Comunidade
16/06/2014
05:30 horas – Alvorada
06:00 horas - Ofício da Mãe de Deus
18:00 horas – Missa em Ação de Graças Pelos 90 Anos da Comunidade
19:00 horas – Hino da Comunidade, hasteamento da bandeira e partilha do bolo.
                      - Apresentação das quadrilhas dos Idoso e Cheiro do Sertão.


quinta-feira, 5 de junho de 2014

Galiza's da sanfona abriram a 2ª noite do IX Limoeiro Junino




O grupo de forró Pé de Serra Galiza’s da Sanfonas abrilhantou a segunda noite do evento que prossegue até sexta feira 06, com grandes atrações do seguimento forrozeiro e cultural. Além dos Galiza’s da Sanfona, o evento contou ainda com a apresentação do sanfoneiro Fábio Carneirinho, que cantou e agradou a plateia com os seus sucessos. Galegão do Forró e banda fechou a programação da segunda noite do IX Limoeiro Junino.
Na quadra do Ginásio Esportivo Dr. José Nilson Osterne, o grupo de quadrilha junina Flor do Mamulengo de Aracati realizou excelente apresentação. O grupo Flor do Mamulengo recebeu os aplausos do público presente, ao contar em verso e prosa a história da cidade de Aracati, que se destaque pelos prédios históricos e a cultura do setor pesqueiro e das jangadas.
Para a terceira noite do IX Limoeiro Junino está confirmada a apresentação do forrozeiro Danilo Pernambucano e da Musa do Forró, a cantora Rita de Cássia e Banda. No entorno da cidade cenográfica junina, encontra-se instalada também a praça de alimentação, onde os visitantes poderão encontrar uma enorme variedade de comidas e bebidas tradicionais da região, além de apresentação de grupos regionais de pé de serra, a exemplo do grupo de forró pé de serra Eu e Nóis Aki, do sanfoneiro Zé Airton.


quarta-feira, 4 de junho de 2014

Abertura do XI Limoeiro Junino teve Jorge de Altinho e Paulo Ney como atrações.


Teve inicio na noite da terça feira 03, na cidade  de Limoeiro do Norte, a IX edição do Limoeiro Junino. O evento é promovido pela secretaria de cultura e turismo do município do município, em parceria com a prefeitura municipal e governo do estado do Ceará. A festa de abertura do evento foi marcada com a apresentação de quadrilhas juninas no ginásio coberto Dr. José Nilson Osterne.
No palco principal, a emoção e a alegria dos forrozeiros ficou por conta de Jorge de Altinho, um dos mais tradicionais e renovados cantor e compositor do seguimento forrozeiro. Na oportunidade, o forrozeiro apresentou um repertório com os seus maiores sucessos e prestou homenagem ao Rei do Baião Luís Gonzaga e a Dominguinhos. Ainda no palco, Jorge de Altinho comemorou o seu aniversário cantando a música Parabéns para Você, ao som da sua própria banda.  A primeira noite do IX limoeiro Junino teve ainda a participação especial do sanfoneiro Paulo Ney, Paulo Henrique e banda, que também alegrou a massa forrozeira que prestigiou o evento.


terça-feira, 3 de junho de 2014

Solange Almeida vocalista da banda Aviões do Forró fará participação na mais nova música de trabalho do cantor sertanejo Michel Teló, o mesmo irá gravar o sucesso "Deixa Acontecer", que foi composto e é interpretado pela dupla Italo e Renno e que recentemente foi gravada por Wesley Safadão no repertório do seu DVD Paradise, onde a cantora Solange irá fazer uma participação mais do que especial nessa música.
Com Informações:ForróparaoBrasil

Dia 14 de junho tem festa de inauguração do Barzinho Umas e Outras

Celinha Guará está convidando toda a galera amante da boa música, do bate papo e de umas e Outras para a grande inauguração do espaço mais aconchegante da cidade. Barzinho Umas e Outras. A inauguração acontecerá no sábado 14 de junho, ao lado da câmara municipal de Limoeiro do Norte.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Forró como antigamente chega a 01 ano de sucesso em Limoeiro do Norte


Forró Como Antigamente é um movimento do seguimento forrozeiro, que visa resgatar o tradicional a cultura e a tradição do autêntico Forró Pé de Serra. Em Limoeiro do Norte, no vale do jaguaribe, o tradicional Forró Pé de Serra continua em ascensão através do movimento Forró Como Antigamente idealizado pelo jovem empresário e admirador das culturas e tradições da região, Agenor Andrade, com o apoio de Charlon Linhares.
Na noite de sábado 31, o movimento Forró Como Antigamente reuniu centenas de forrozeiros no Clube Eucaliptos de Limoeiro do Norte para comemorar 01 ano de sucesso. Na oportunidade estiveram reunidos no mesmo palco, vários sanfoneiros, dentre eles, Arnaldo Santiago, Tião do Sertão e Raimundo Gabriel, que animaram a noite com muito forró pé de serra garantindo assim, a resgate cultura  do vale.


domingo, 1 de junho de 2014

Cantores de forró relatam bastidores do sucesso e mudança de vida após se “entregarem a Jesus”

No auge dos sucesso, os cantores Carlos Rilmar, Marília Magalhães e Felipão largaram a carreira para buscar a DeusOs anos 90 foram marcantes para o conhecido “forró de raiz”. As músicas com letras românticas embalaram os corações dos frequentadores de casas de shows que bailavam a noite toda e ficaram na memória. Alguns cantores de bandas comoMastruz com Leite, Forró Saborear e Forró Moral largaram a carreira para ter uma vida diferente. Hoje frequentam igrejas, cantam músicas que exaltam o nome de Deus e evangelizam outras pessoas com mensagens bíblicas.
Na esquerda, o cantor no auge da carreira secular e na direita, após a sua conversão. (FOTO: Divulgação)
Na esquerda, o cantor no auge da carreira secular e na direita, após a sua conversão. (FOTO: Divulgação)
Carlos Rilmar, o cantor de cabelos compridos, roupas coladas e danças sensuais, conhecido como o “príncipe do forró”, hoje frequenta uma igreja evangélica, aconselha os membros e canta forró para Deus, além de viajar com seu ministério itinerante para levar o seu testemunho de vida e suas canções para todo o Brasil. Filho de músicos, influenciado pela cultura rock e inspirado na Black Banda, Carlos montou, juntamente com seus colegas de escola, a banda Sentimento Selvagem. Apresentou-se diversas vezes em bailes e, devido  sua desenvoltura e presença de palco, foi convidado para ser vocalista da Black Banda, onde ficou cerca de três anos. Tempos depois foi visto pelo empresário Emanuel Gurgel, que ficou impressionado com sua performance e o convidou para cantar na Banda Aquarius chegando logo depois à banda Mastruz com Leite, onde chegou ao auge do sucesso.
Em uma de suas turnês pelo Ceará, o cantor ficou hospedado em um hotel vizinho a uma igreja. Sentiu vontade de entrar, então se disfarçou e pediu que os seguranças não o acompanhassem. No fim do culto, uma moça pediu para orar pela sua vida. Naquele momento Carlos se sentiu tocado por Deus e chorou. “Meu coração ficou pequeno, foi algo sobrenatural.” No dia seguinte, foi novamente a uma igreja evangélica e se converteu.
Carlos teve que cumprir a agenda da banda, mas em cada show anunciava ao público que aquela era a sua despedida, explicando o motivo da sua saída. “Encontrei Jesus”. Depois de sair da banda perdeu toda a comodidade que tinha como artista e voltou a morar com a mãe. Desde que se converteu, há 17 anos, sua rotina mudou completamente. Além de congregar em uma igreja, ele é líder de célula (reunião nos lares) e viaja o Brasil inteiro anunciando o evangelho por meio do forró, do seu testemunho e da mensagem de Jesus.
O cantor, que, no início, tirava a roupa  no palco e brigava com empresário e músicos antes dos shows, hoje canta de paletó, sente alívio e paz pela mensagem que é levada por meio de suas canções.
A melhor coisa que eu fiz na minha vida não foi ter mudado de religião, não foi ter mudado de ritmo, até porque eu não mudei de ritmo, nem tampouco ter mudado de visual, a melhor coisa que eu fiz foi ter mudado de vida
Saboreando o amor de Deus
Na esquerda, Marília no ápice da fama e na direita, após sua transformação de vida. (FOTO: Arquivo Pessoal)
Na esquerda, Marília no ápice da fama e na direita, após sua transformação de vida. (FOTO: Arquivo Pessoal)
Marília Magalhães, ex-vocalista da banda Forró Saborear, também teve mudança na vida após conhecer o evangelho de Jesus Cristo. Ao 11 anos, já cantava em bandas de forró e, aos 13, foi morar em São Paulo com o tecladista Evaldo Magalhães (seu atual marido). Juntos montaram uma banda de seresta. Em 2000, a dupla gravou um CD autoral e ficou conhecida na cidade. Interessado pela repercussão, um empresário paulista os convidou para gravar um CD profissional. Apenas em São Paulo, o disco vendeu mais de 100 mil cópias em apenas um mês.
Devido ao sucesso e à fama, realizou todos os sonhos que tinha desde a infância. A agenda de shows era bem movimentada, sempre em cidades diferentes. As roupas sensuais chamavam a atenção do público, que vibravam com as danças e os sorrisos da cantora. Quando era filmada por fãs, ela sorria e dizia “eu sou simpática”.
A preocupação em enfatizar sua simpatia tinha um motivo: Marília não era feliz. “Eu odiava quando aqueles fãs vinham pra perto de mim”, confessa. A cantora também se queixa de ser obrigada a expor o corpo.
Às vezes meu marido reclamava que o show não tinha sido bom porque eu não tinha sido sensual e nenhum homem tinha me chamado de gostosa
A vocalista não gostava da fama porque sua vida de artista não permitia que convivesse com sua filha Lisandra, que foi criada pela avó, e nem ter uma “vida normal”, pois trocava a noite pelo dia. Apesar de sorrir nos palcos, dançar e demonstrar que estava feliz, quando o show terminava Marília tinha desejo de cometer suicídio. Ninguém da banda e da família imaginava, mas ela passava dias planejando a sua morte. Os colegas a detestavam devido a sua arrogância. “Ninguém da banda gostava de mim. Eu estava sempre só”.
No dia em que Marília escolheu para morrer, fez uma ligação para a sua mãe e contou tudo o que estava sentindo. Após ouvir todo o desabafo e choro, a mãe pediu que não praticasse o ato, e avisou que lhe enviaria um presente. Em poucos dias, o presente chegou, era uma Bíblia. A partir daí a cantora passou a meditar nas mensagens bíblicas e também repassava aos seus colegas de banda, que ficavam irritados com a atitude, pensavam que era fingimento e falsidade.
Uma das propostas para voltar a cantar oferecia até uma caminhoneta de luxo e R$ 100 mil só na assinatura do contrato. (FOTO: Tribuna do Ceará/ Rosana Romão)
Uma das propostas para voltar a cantar oferecia até uma caminhoneta de luxo e R$ 100 mil só na assinatura do contrato. (FOTO: Tribuna do Ceará/ Rosana Romão)
Certa época, a cantora passou a sofrer fortes náuseas, foi ao médico fazer um check-up e dentre os exames solicitados, um deles detectou HPV (papilomavírus humano). Ela estava com câncer no colo do útero. Em decorrência da doença, não poderia mais engravidar. Insatisfeita com a “injustiça” que estava sofrendo – já que a sua rotina contava com leituras bíblicas e orações – a cantora ficou com raiva de Deus. A notícia a abalou tanto que ela clamava: “Deus, me dá minha vida de volta.Eu quero viver”.
Enquanto ouvia um programa de rádio, uma amiga de Marília pediu oração e o locutor revelou que havia uma pessoa com uma doença no colo do útero mas, naquele momento, Deus estava transformando aquele útero como o de uma criança. Entusiasmada, a amiga contou o fato para Marília, que acreditou na cura de imediato. Dias depois, ao assistir a um programa de televisão evangélico, a cantora finalmente aceitou que Jesus Cristo era o dono de sua vida e, dali por diante, ela só abriria a boca para entoar louvores a Deus.
Ainda com o sonho de ser mãe, Marília passou a fazer tratamento mesmo com a chance de não mais poder engravidar. E tudo mudou. “Não sei o que aconteceu, mas você está curada”, disse o médico que seguia a cantora.
Mudança de hábitos

Uma das consequências mais dolorosas que a fama trouxe foi a distância da família. Apesar de sempre estar ao lado do marido, tanto na banda quanto em turnês, Marília e o esposo, Evaldo Magalhães, se tratavam como dois estranhos. A filha deles, Lisandra, só pôde conviver com os pais a aos 8 anos de idade. A mãe tentava compensar sua ausência com presentes, mas não era o suficiente para a criança. Ao lembrar da fase, Marília se emociona. “Às vezes eu digo pra minha filha que ela nasceu em berço de ouro e ela responde: “é, mas o que era mais importante eu não tinha, a sua presença e a do meu pai’. E isso dói, porque é um tempo que não volta. Eu perdi a infância da minha filha”.
Ao anunciar que decidiu sair da banda, todos os músicos também decidiram sair. O empresário ainda tentou fazer com que Marília mudasse de ideia, mas não teve sucesso. Após sua saída, Marília recebeu várias propostas para voltar a cantar, uma delas oferecia uma caminhoneta de luxo e R$ 100 mil só na assinatura do contrato, mas foi rejeitada. “Quando você passa a servir ao dinheiro, ele se torna um inimigo”, alerta.
"Só agora sei que o Teu verdadeiro amor mudou minha historia", diz uma das novas canções de Marília. (FOTO: Arquivo Pessoal)
“Só agora sei que o Teu verdadeiro amor mudou minha historia”, diz uma das novas canções de Marília. (FOTO: Arquivo Pessoal)
Devido à saída da banda, o padrão de vida da cantora mudou bastante. “Imagina uma pessoa que ganhava R$ 20 mil por mês ficar desempregada!”. A família ficou inconformada com a decisão, o marido de Marília a abandonou quando estava grávida de três meses de sua segunda filha. Naquele momento, Marília foi amparada pelos membros da igreja e pelos direitos autorais. Apesar das críticas, a cantora não se arrepende da decisão. “Só me arrependo de não ter conhecido Jesus antes”.
Atualmente, está gravando o seu segundo CD, canta no ministério de louvor da Igreja da Paz, em Fortaleza, trabalha no instituto Melvin e ministra em outras igrejas pelas quais é convidada. A rotina antiga – todo dia em um lugar diferente – já não existe. Marília dá aula de canto para o ministério infantil de sua igreja (instituto Melvin), pelo qual é remunerada, voltou a morar com a filha mais velha (antes criada pela avó) e boa parte de seus fãs também se converteram ao cristianismo. “Hoje todas as patricinhas são cristãs”, brinca.
Após a decisão, o caráter de Marília foi tratado: a arrogância que tinha no auge da carreira hoje foi transformada em amor pelas pessoas. O casamento foi restabelecido, com perdão e união, e as filhas podem ter a presença dos pais em todos os momentos. “Hoje a minha vida é ser mãe e esposa, antes eu não conseguia fazer nada disso. Todo dia acordo às 6h da manhã, vou trabalhar e fico maravilhada pensando: eu sou normal!”, comemora.
Novo Felipão
Felipe Aragão Gurgel, ou Felipão, como é mais conhecido, descobriu a paixão pela música aos 16 anos e tem no currículo o vocal das bandas Sonhadores do Forró, Nação Forrozeira, Retorno do Forró, Aviões do Forró e Zabumbada. Após sentir-se humilhado por empresários e ter enfrentado problemas nas bandas pelas quais cantou, decidiu, junto com dois irmãos e seu pai, montar a sua própria banda. Então surgia o Forró Moral. O carro do cantor foi refinanciado e seu valor, avaliado em torno de R$ 20 mil, investido na banda. “Era um risco, porque se desse certo, toda a família sairia ganhando, mas se não desse, pelo menos eu tinha o apoio da família e não passaria pelos problemas antigos”, relembra.
Na esquerda Felipão com sua tradicional dança e chapéu característico do Forró Moral. Na direita, o “Novo Felipão”. (FOTO: Arquivo Pessoal)
Na esquerda Felipão com sua tradicional dança e chapéu característico do Forró Moral. Na direita, o “Novo Felipão”. (FOTO: Arquivo Pessoal)
Com um ano, a banda já realizava 35 shows por mês e tinha o faturamento de R$ 1 milhão e meio. O sucesso trouxe a necessidade de montar um escritório e contratar 70 funcionários. O Forró Moral ficou conhecido pelo Norte e Nordeste do Brasil e sempre recebia convites para tocar em diversas cidades. Contagiada pelo sucesso, a família decidiu investir no negócio com a expectativa de mudar de vida.
Porém, com alguns desentendimentos o dinheiro gerado deixou de ser a fonte de renda da família e passou a ser fonte de  problemas. “Ganhávamos muito dinheiro, uns queriam ganhar mais que os outros, isso gerava discussões, e a família ficou dividida”.
Em razão da estrutura montada e das responsabilidades assumidas, a banda não poderia parar, pois precisava dar manutenção aos salários dos funcionários. Felipão se casou, mas a rotina da banda não o permitia ficar com a esposa. Passava entre 15 a 20 dias viajando. A distância de casa e os shows em excesso o deixavam muito cansado. Quanto mais sucesso a banda fazia, menos ele ficava em casa e mais discussões a família tinha por causa do dinheiro. “A única coisa positiva que o sucesso traz é o dinheiro. Mas se você não souber administrá-lo, passa a ser um problema”, alerta.
Estando alegre ou triste, sentindo solidão ou não, Felipão tinha que subir ao palco todos os dias e fingir que tudo estava bem. Todo o esforço que o cantor fazia para continuar no meio artístico era para realizar o sonho de mudar a vida da família, alcançar o sucesso e a felicidade. “O cantor, na verdade, é um grande palhaço. Eu tinha a obrigação de entrar no palco daquele jeito”, lamenta.
A aflição pela qual passava era justificada. Apesar do trabalho e do retorno financeiro, ele não tinha tempo para usufruir dos seus bens.
Na época eu dizia: eu tenho um carro e não ando nele, eu tenho uma casa e não moro nela, eu tenho uma mulher e não vivo com ela, eu tenho uma filha e não sou pai dela
Em 2008 Felipão largou o mundo secular para viver com Deus. (FOTO: Divulgação)
Em 2008 Felipão largou o mundo secular para viver com Deus. (FOTO: Divulgação)
Ao se sentir infeliz, Felipe começou a negociar com a família para cantar menos e ficar mais tempo em casa. Em uma das reuniões pediu para ter dois dias de folga por semana. Os familiares fizeram cálculos, montaram uma família e mostraram ao cantor que se ele parasse de cantar duas vezes por semana, a banda iria perder o faturamento de R$ 400 mil por mês. “Eles me mostraram essa planilha e disseram que não aceitavam perder esse dinheiro só pra eu ficar em casa descansando”, conta.
Tudo mudou
A partir daí, Felipe não queria mais ensaiar, nem gravar, apenas trabalhava por obrigação. Devido a sua infelicidade, decidiu romper com a banda. Após a decisão, a família ficou sem falar com Felipe por 6 meses e seguiu com a banda. Mas ainda restavam dois anos de contrato, que foram negociados com o empresário para atender às necessidades do cantor: fazer apenas oito shows por mês e ter mais tempo para ficar com a família, viajar e praticar atividades físicas. Mas, mesmo com essa flexibilidade, Felipão ainda se sentia vazio e angustiado. No auge da depressão, eu não aguentava mais ser o Felipão. Depois que eu cheguei lá [sucesso] e vi que não era nada do que eu pensava, eu disse: pra mim, acabou”.
Ida à igreja
Um dia, um amigo de Felipe o chamou para visitar uma igreja. Cansado da vida que levava e no anseio de uma mudança, aceitou o convite. Ao chegar no local, sentiu que estava em um ambiente completamente diferente de todos que já havia frequentado. “As músicas eram diferentes, elas entravam dentro de mim. Me senti emocionado, me dava vontade de chorar, elas me transpassavam. Tudo o que eu sonhei em nível de felicidade eu encontrei ali. E decidi: é aqui que eu vou ficar”, lembra.
Mesmo encontrando o que tanto buscava, Felipe ainda tinha 1 ano e 9 meses de contrato com o empresário, o cantor deu prosseguimento à carreira e continuou frequentando a igreja. Passou a comparecer a cultos, reuniões e acampamentos, o que fortaleceu o seu casamento. Mas, ao mesmo tempo, precisava cumprir a agenda de shows, o que gerou uma guerra na cabeça do vocalista: “Eu ía pra igreja segunda, terça, se tivesse na quarta eu ía quarta, quinta, quando era na sexta eu estava em cima do palco gritando: vagabundo”.
“Quando o contrato acabou, eu estava na fase que eu mais ganhei dinheiro na mida vida. Mas foi o momento que eu disse: acabou, eu tô livre.” (FOTO: Tribuna do Ceará/ Rosana Romão)
“Quando o contrato acabou, eu estava na fase que eu mais ganhei dinheiro na mida vida. Mas foi o momento que eu disse: acabou, eu tô livre.” (FOTO: Tribuna do Ceará/ Rosana Romão)
Ao término do contrato, abriu duas empresas, mas não obteve retorno financeiro. Passou a receber convites para dar o seu testemunho (contar o motivo da mudança de sua vida) em igrejas. Apesar de não estar acostumado com os termos e a rotina do meio evangélico, aceitou os pedidos, pois sabia que muitas pessoas estavam passando por momentos de solidão, alcoolismo e depressão assim como ele, e sua história poderia inspirar essas pessoas a acreditarem que é possível ser feliz.
A cada visita, Felipe era chamado para cantar, mas como não tinha um repertório cristão, daí sentiu a necessidade de gravar um CD com musicalidade gospel. As empresas não geravam lucro, e o cantor entendeu que havia um propósito por trás disso. “Deus propositalmente segurou todo o meu dinheiro pra eu entender que não era do meu jeito, não ía ser com as minhas forças. E Deus começou na minha vida um ministério sem recurso nenhum, e esse ministério começou a me sustentar”.
Hoje, com 3 anos de ministério, a carreira do “Novo Felipão” já conta com dois CDs, um DVD, um livro publicado e dois em fase de produção. “Hoje eu não tenho mais aquela alegria passageira, ilusória e superficial, mas uma alegria que tem deixado frutos permanentes na minha vida”. A rotina mudou totalmente: tanto nas letras das músicas, quanto no prazer que sente em subir aos palcos. “Eu nasci pra isso, pra levar às pessoas o conhecimento de Jesus Cristo”. Em suas músicas atuais, ao invés de gritar “vagabundo”, hoje ele diz “abençoado”.
Fonte:TribunadoCeará