sábado, 4 de dezembro de 2021

 50 anos da criação do orelhão

Criado no início da década de 70 pela designer Chu Ming Silveira, o “orelhão” teve os seus momentos de fama nos anos 70, 80 e 90.


A verdade é que esse sistema de comunicação marcou toda uma geração de pessoas e a paisagem urbana dos anos 1970, 1980 e 1990. E, para quem era criança na época, possivelmente era a fonte de muita diversão e trotes, já que não havia identificador de chamadas nos aparelhos.

No começo da década de 1970, a designer Chu Ming Silveira era chefe do Departamento de Projetos da Companhia Telefônica Brasileira e recebeu o desafio de criar um telefone público que fosse barato e mais funcional do que os telefones sem nenhuma proteção que ficavam em farmácias, bares e restaurantes.

Como as conhecidas cabines telefônicas de Londres, a ideia era que o projeto oferecesse privacidade para quem estivesse falando, tivesse uma boa relação custo-benefício e que fosse adequada às temperaturas quentes do Brasil. Assim surge o Chu I e Chu II – nome original e oficial do Orelhão – em 1971.

Inspirado em um ovo e fabricado em fibra de vidro e acrílico, o Orelhão e a Orelhinha, além de baratos, tinham uma acústica excelente e resistência ótima.

 Por serem de fácil instalação, eles logo se popularizaram nas ruas e em ambientes semiabertos (como escolas, postos de gasolina e outros locais públicos). Havia modelos em cor laranja e transparentes.

Em janeiro de 1972, o público viu pela primeira vez o novo telefone público: no Rio de Janeiro, no dia 20, e em São Paulo, no dia 25.

Não foram só os brasileiros que adotaram o Orelhão, eles foram implementados em países da África e Ásia e também da América Latina.

Hoje, com o surgimento e popularização dos celulares, os Orelhões foram caindo em desuso, mas ainda existem nas cidades como um marco nostálgico que pode ser útil caso você precise fazer um telefonema e ninguém tiver celulares por perto.


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