terça-feira, 31 de janeiro de 2023

O que acontece no seu corpo quando você toma refrigerante todos os dias?



• Os Refrigerantes estão na mira de todas as políticas públicas de saúde nutricional do mundo. A razão para isso é que eles promovem um consumo de açúcar para além dos limites recomendados, e isso se relaciona à epidemia de obesidade e a outras doenças crônicas.

• Os mais rigorosos especialistas em nutrição podem até fazer vista grossa para uma esporádica violação das diretrizes da alimentação saudável. O problema é quando a exceção vira regra e esse item passa a compor a dieta todos os dias da semana.

• 15% dos adultos maiores de 18 anos tomam refrigerantes 5 ou mais dias por semana no Brasil.

• 32% das crianças já provaram a bebida antes de 2 anos de idade, grupo para o qual não se deveria oferecer açúcar.

Gostosinho, mas ordinário.

Classificado como um alimento ultraprocessado, ou seja, uma formulação industrial composta por substâncias como açúcar, corantes, aromatizantes, realçadores de sabor e outros aditivos, os refrigerantes não oferecem vantagens nutricionais.

Apesar da alta proporção de água, o açúcar e os aditivos que o compõem não permitem que ele seja considerado fonte de hidratação.

Uma latinha de refrigerante de 350 ml corresponde a 10 colheres de chá de açúcar, a quantidade total recomendada por dia para adultos.

1 em cada 10 mortes por todas as doenças evitáveis têm relação com alimentos processados.

Para manter-se hidratado, colaborar com a prevenção de doenças, sem o risco de efeitos colaterais, prefira água.

Ideias para substituir o consumo

Beba mais água. Para variar, tome água gaseificada.

Use a criatividade e aposte em frutas ou ervas para saborizar a água.

Faça cubos de gelo com sua fruta preferida. Ela adiciona mais sabor à água.

Invista nos clássicos café e chá para garantir a energia da cafeína.

Experimente chás de camomila e limão para relaxar, e hibisco, que ajuda no controle da pressão.

Fontes: Ana Paula Bortoletto Martins, nutricionista, tem doutorado em nutrição e saúde pública, é pesquisadora do Nupens-USP (Núcleo de Pesquisa Epidemiológica em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo); Erick Barreto Pordeus, médico clínico geral do HC-UFPE (Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco), que integra a rede Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), mestrando do Departamento de Medicina Tropical e professor das disciplinas de semiologia e de urgência e emergências da mesma instituição; Madalena Vallinoti, nutricionista clínica, ex-diretora do SindiNutri-SP (Sindicato dos Nutricionistas do Estado de São Paulo); e Maria Sueli de Souza, cirurgiã dentista, integra o corpo clínico da Clínica Odontológica Spera Odonto, em São Paulo. Revisão técnica: Madalena Vallinoti.

UOL/VIVABEM


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